A cada dia que passa as pessoas estão mais afastadas fisicamente uma das outras, longe de suas raízes e mais tempo on-line. Esses momentos de privação, algumas vezes até solitários acabam gerando um link nostálgico, e aquele cheirinho da comida que acaba de sair pode permitir uma viagem emocional pelas lembranças da infância, da cidade natal, da família ou dos amigos, assim chegamos à Comfort Food. Muito mais que comidas simples, são alimentos tradicionais e até mesmo afetivos, como o bolinho de chuva nos dias nublados, a macarronada em família aos domingos ou a gelatina colorida servida na escola.
São pratos saborosos cheios de lembranças, elaborados com aquele toque artesanal especial. Por isso, podem ter açúcar, tempero diferenciados, carboidratos e proteína. Por que não fazer disso uma boa amizade com vinho? A base dessa alimentação de toque simples também pode ser harmonizada.
Alimentos com muito carboidrato como a macarronada ou a clássica lasanha, geralmente têm temperos fortes, molho intenso e um toque de gordura, por isso, pedem vinhos com estrutura, taninos marcantes e boa acidez. Assim, lembre-se de na próxima visita à casa dos seus avós levar um Malbec argentino, um Cabernet Sauvignon americano ou mesmo um bom Bordeaux.
Já os pratos ricos em proteínas, como a famosa carne de panela, com sabor e temperos intensos e geralmente com bastante gordura, pedem vinhos com mais estrutura, bastante tanino e aromas marcantes, abrindo espaço para um bom Tannat uruguaio, um Syrah chileno ou um Crianza espanhol.
Para os amantes dos doces, que adoram um bolo de cenoura, um mousse chocolate ou pudim de leite, podem se alegrar também. Pois um Sauternes ou bom Vinho do Porto combinam muito bem.
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