A gastronomia alemã é diversa tanto na comida quanto na bebida, cada região tem suas próprias especialidades, preparadas a partir dos recursos disponíveis. Pois, há o hábito de se aproveitar ao máximo os alimentos, cada receita é influenciada pela vegetação e clima local. Por isso, os pratos, os sabores típicos de cada região revelam muito sobre os hábitos de vida dos seus moradores.
Curiosidade:
Na cozinha alemã não se admite desperdício. Isso porque, ao longo dos tempos a Alemanha passou por situações difíceis e climas rigorosos. Assim, todos os alimentos precisavam ser aproveitados e conservados da melhor forma.
Aqui no Brasil, podemos apreciar essa rica culinária a partir das receitas trazidas pelos imigrantes alemães. Aliás quem nunca ouvir falar, ou melhor ainda, apreciou as delícias da cozinha alemã como as saborosas cucas, um chucrute, as linguiças…
Com a forte tradição a culinária dos imigrantes alemães no Brasil manteve-se ligada a preparações de receitas que carregam nata, manteiga, bacon, carne de porco, muitos miúdos, queijos, conservas, embutidos…, pois era o tipo de alimentação típica para o clima alemão: frio rigoroso com pouco sol. É claro que, algumas receitas adaptaram-se ao clima e aos ingredientes aqui disponíveis.
Dois ingredientes aparecem com mais frequência na cozinha alemã: a carne de porco e as batatas, pois são produtos baratos e de fácil acesso o ano todo. Existe uma enorme variedade de receitas destes produtos.
Carne de porco e culinária alemã nos remetem ao típico prato de Berlim, o Eisbein: tradicional joelho de porco cozido.
O Eisbein tem ocupado o seu espaço, sua presença não se restringe as festas típicas.
O prato é um dos mais famosos da culinária alemã. Nome e modo de preparo variam de região para região, e a carne é geralmente servida com chucrute. Em Berlim, o clássico vem acompanhado de purê de ervilha.
Sobre seu nome:
Eisbein significa perna (Bein) de gelo (Eis), mas há uma série de versões para explicar o nome.
Pode-se pensar que talvez a camada de gordura branca ao redor da carne se pareça com gelo ou neve.
Outra teoria é a de que antigamente, quando não havia sapatos apropriados, caçadores tenham desenvolvido a técnica de amarrar ossos de joelho de porco ocos nos pés para andar sobre a neve.
Apesar de em português usarmos o termo joelho de porco, o Eisbein é na verdade o pedaço entre o joelho e o tornozelo do animal.
Qualquer que seja o seu modo de preparo, o Eisbein está pronto quando o osso se descola facilmente da carne, que deve estar tenra.
E o tamanho do prato, esse impressiona e requer muito apetite. Além da grande quantidade de carne envolta por uma camada de gordura, o Eisbein costuma vir acompanhado de chucrute e/ou uma receita com batatas.
Haja força para levantar da cadeira depois de apreciar o prato! Não é à toa que os alemães gostam de tomar um Schnapps (aguardente) depois de comer para ajudar na digestão. E se estiver aquele friozinho e o Eisbein for bem preparado, a preguiça depois da refeição vale a pena.