Harmonizar vinho e comida é uma arte a qual nos permite aproveitar melhor o que cada um tem a oferecer e, dessa forma, nos proporcionar experiências únicas. É possível mergulhar fundo nesse mundo maravilhoso da harmonização, porém, alguns cuidados e atenção já são capazes de tornar a experiência surpreendente. Os alimentos e os vinhos são ricos em elementos químicos, portanto, a interação entre essa bebida e a comida podem causar reações agradáveis ou não. Assim, a harmonização tem como objetivo equilibrar as características de ambos, completando suas qualidades e elevando o nível da experiência em termos de aromas, sabores e texturas. A prática é importante para se adquirir experiência. Se você é iniciante nesse mundo maravilhoso dos vinhos e harmonizações, acompanhe nosso artigo e comece desde já a treinar seu paladar e suas combinações. Saúde!
DICAS PARA INICAR NO MUNDO DA HARMONIZAÇÃO
1) É importante conhecer o rótulo que quer harmonizar e, dessa forma, posiciona-lo em uma hierarquia de intensidade entre suas características. Sendo esse o primeiro passo para saber com qual tipo de prato o vinho poderia harmonizar. Faça o mesmo com a sua receita e perceba as características de intensidades do prato.
2) Em seguida, a dica é adequar o peso do vinho com o peso do prato. Essa correspondência é direta, ou seja, um prato mais consistente e pesado precisa de um vinho encorpado. Um prato de peso médio combina muito bem com um rótulo de corpo médio e, claro, um mais leve é melhor acompanhado por um vinho também leve. Por exemplo: um vinho leve tem suas qualidades encobertas ou superadas ao acompanhar um prato de maior peso.
3) Após estabelecer a posição do vinho e do prato na hierarquia das características, ou seja, depois que você posicionou em uma espécie de régua de níveis de intensidade, faça as correspondências adequadas para saber se eles combinam ou não.
4) Algumas características as quais podem causar sensações desagradáveis já são conhecidas.
Evite acompanhar alimentos amargos ou com muito sal com vinhos que tenham muitos taninos;
Vinhos muito alcoólicos não combinam com pratos picantes ou muito salgados;
Frutos do mar podem reagir mal com os taninos dos vinhos; Receitas mais acidas tendem a causar amargor quando acompanhadas por vinhos ricos em taninos.
5) Harmonizações mais sofisticadas podem ser criadas por semelhança de aromas, por exemplo, vinhos de aromas frutados e pratos com frutas. Ou podemos harmonizar por complementação, quando aromas diferentes nos pratos e vinhos se unem formando um conjunto agradável, como um vinho com toques herbáceos com um prato com molho de tomate, tal como quando utilizamos especiarias como manjericão ou orégano para temperar um molho.
6) De forma geral, embora haja exceções, vinhos brancos são mais leves que rosés que, por sua vez, são mais leves que os tintos. Com relação à acidez, espumantes, vinhos brancos e rosés são mais ácidos que os tintos.
7) Na dúvida, acompanhe peixes, aves e carnes brancas com vinhos e espumantes brancos, e as carnes vermelhas com vinhos tintos. Essa regra é antiga mas costuma funcionar e, claro, podemos criar exceções se estivermos atentos às combinações.
8) Nas combinações doçura com doçura, e doçura com salgado, as intensidades dessas características devem ser equivalentes no prato e no vinho.
9) Se quiser evitar as decepções, prefira servir a seus convidados um vinho o qual você conheça e uma receita que você domina e, melhor se já tiver testado a combinação anteriormente. Caso a proposta do encontro seja a experimentação. Aí é só se divertir! E se a combinação não der certo, não se decepcione, convide todos para a próxima tentativa